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domingo, 17 de março de 2013

Do Oriente, para contar aos nossos filhos...


 Era uma vez, há muito muito tempo, na Antiga China, uma pequena aldeia, muito singular, onde vivia um velho chinês agricultor com o seu filho. Um dia, a sua quinta foi devastada por uma terrível tempestade e o velho chinês perdeu as suas colheitas.
As pessoas na aldeia foram ao encontro do velho agricultor e disseram:
 - Que azar o seu!
 Mas o velho chinês respondeu: será sorte, será azar? Quem sabe?

 Um viajante que por ali passava, e que ouvira falar do velho chinês, resolveu ficar em sua casa. Foi tão bem recebido que antes de partir deixou de presente um lindo cavalo castanho. As pessoas da aldeia disseram-lhe:
 - Que sorte a sua, velho chinês!
 E ele respondeu: será sorte, será azar? Quem sabe?

 Foi então que, desde esse dia, o belo cavalo e o filho do velho chinês tornaram-se inseparáveis. Mas um pequeno acidente a cavalo fez com que o rapaz partisse uma perna. Os aldeões logo acorreram e disseram:
 - Que azar o seu!
 Mas ele disse: será sorte, será azar? Quem sabe?

 Nestes tempos deu-se uma grande guerra e os soldados percorriam as aldeias levando assim todos os jovens e saudáveis rapazes, mas o filho do velho chinês não foi levado, pois partira a perna... Logo as pessoas da aldeia disseram ao velho chinês:
 - Que sorte a sua!
 Mas ele sempre respondia: será sorte, será azar? Quem sabe?

 E esta história não acaba aqui, mas começa agora, dentro de cada um de nós...

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