— Então, perdoar quem? — perguntou
Deus.
— Bem, isto não vai ter piada nenhuma!
— resmungou a Pequena Alma — Eu queria
experimentar-me como Aquela que Perdoa.
Queria saber como é ser essa parte de
especial.
E a Pequena Alma aprendeu o que é
sentir-se triste.
Mas, nesse instante, uma Alma Amiga
destacou-se da multidão e disse:
— Não te preocupes, Pequena Alma, eu
vou ajudar-te — disse a Alma Amiga.
— Vais? — a Pequena Alma animou-se. —
Mas o que é que tu podes fazer?
— Ora, posso dar-te alguém a quem
perdoares!
— Podes?
— Claro! — disse a Alma Amiga
alegremente. — Posso entrar na tua próxima
vida física e fazer qualquer coisa para tu
perdoares.
— Mas porquê? Porque é que farias isso?
— perguntou a Pequena Alma. — Tu, que és
um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que
vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de
criar uma Luz de tal forma brilhante que mal
posso olhar para ti! O que é que te levaria a
abrandar a tua vibração para uma velocidade
tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz
escura e baça? O que é que te levaria a ti, que
danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino
à velocidade do pensamento, a entrar na
minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto
de fazeres algo de mal?
— É simples — disse a Alma Amiga. —
Faço-o porque te amo.
A Pequena Alma pareceu surpreendida
com a resposta.
— Não fiques tão espantada — disse a
Alma Amiga — tu fizeste o mesmo por mim.
Não te lembras? Ah, nós já dançámos juntas,
tu e eu, muitas vezes. Dançámos ao longo das
eternidades e através de todas as épocas.
Brincámos juntas através de todo o tempo e
em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já
fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo,
a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali,
o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o
Feminino, o Bom e o Mau — fomos ambas a
vítima e o vilão. Encontrámo-nos muitas
vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a
oportunidade exacta e perfeita para Expressar
e Experimentar Quem Realmente Somos.
— E assim, — a Alma Amiga explicou
mais um bocadinho — eu vou entrar na tua
próxima vida física e ser a “má” desta vez.
Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu
podes experimentar-te como Aquela Que
Perdoa.
— Mas o que é que vais fazer que seja
assim tão terrível? — perguntou a Pequena
Alma, um pouco nervosa.
— Oh, havemos de pensar nalguma coisa
— respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.
Então a Alma Amiga pareceu ficar séria,
disse numa voz mais calma:
Deus.
— Bem, isto não vai ter piada nenhuma!
— resmungou a Pequena Alma — Eu queria
experimentar-me como Aquela que Perdoa.
Queria saber como é ser essa parte de
especial.
E a Pequena Alma aprendeu o que é
sentir-se triste.
Mas, nesse instante, uma Alma Amiga
destacou-se da multidão e disse:
— Não te preocupes, Pequena Alma, eu
vou ajudar-te — disse a Alma Amiga.
— Vais? — a Pequena Alma animou-se. —
Mas o que é que tu podes fazer?
— Ora, posso dar-te alguém a quem
perdoares!
— Podes?
— Claro! — disse a Alma Amiga
alegremente. — Posso entrar na tua próxima
vida física e fazer qualquer coisa para tu
perdoares.
— Mas porquê? Porque é que farias isso?
— perguntou a Pequena Alma. — Tu, que és
um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que
vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de
criar uma Luz de tal forma brilhante que mal
posso olhar para ti! O que é que te levaria a
abrandar a tua vibração para uma velocidade
tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz
escura e baça? O que é que te levaria a ti, que
danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino
à velocidade do pensamento, a entrar na
minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto
de fazeres algo de mal?
— É simples — disse a Alma Amiga. —
Faço-o porque te amo.
A Pequena Alma pareceu surpreendida
com a resposta.
— Não fiques tão espantada — disse a
Alma Amiga — tu fizeste o mesmo por mim.
Não te lembras? Ah, nós já dançámos juntas,
tu e eu, muitas vezes. Dançámos ao longo das
eternidades e através de todas as épocas.
Brincámos juntas através de todo o tempo e
em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já
fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo,
a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali,
o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o
Feminino, o Bom e o Mau — fomos ambas a
vítima e o vilão. Encontrámo-nos muitas
vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a
oportunidade exacta e perfeita para Expressar
e Experimentar Quem Realmente Somos.
— E assim, — a Alma Amiga explicou
mais um bocadinho — eu vou entrar na tua
próxima vida física e ser a “má” desta vez.
Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu
podes experimentar-te como Aquela Que
Perdoa.
— Mas o que é que vais fazer que seja
assim tão terrível? — perguntou a Pequena
Alma, um pouco nervosa.
— Oh, havemos de pensar nalguma coisa
— respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.
Então a Alma Amiga pareceu ficar séria,
disse numa voz mais calma:
— Mas tens razão acerca de uma coisa,
sabes?
— Sobre o quê? — perguntou a Pequena
Alma.
— Eu vou ter de abrandar a minha
vibração e tornar-me muito pesada para fazer
esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser
uma coisa muito diferente de mim. E por isso,
só te peço um favor em troca.
— Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres!
— exclamou a Pequena Alma, e começou a
dançar e a cantar: — Eu vou poder perdoar,
eu vou poder perdoar!
Então a Pequena Alma viu que a Alma
Amiga estava muito quieta.
— O que é? — perguntou a Pequena Alma.
— O que é que eu posso fazer por ti? És um
anjo por estares disposta a fazer isto por mim!
— Claro que esta Alma Amiga é um anjo!
— interrompeu Deus, — são todas! Lembra-te
sempre: Não te enviei senão anjos.
E então a Pequena Alma quis mais do que
nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.
— O que é que posso fazer por ti? —
perguntou novamente a Pequena Alma.
— No momento em que eu te atacar e
atingir, — respondeu a Alma Amiga — no
momento em que eu te fizer a pior coisa que
possas imaginar, nesse preciso momento...
sabes?
— Sobre o quê? — perguntou a Pequena
Alma.
— Eu vou ter de abrandar a minha
vibração e tornar-me muito pesada para fazer
esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser
uma coisa muito diferente de mim. E por isso,
só te peço um favor em troca.
— Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres!
— exclamou a Pequena Alma, e começou a
dançar e a cantar: — Eu vou poder perdoar,
eu vou poder perdoar!
Então a Pequena Alma viu que a Alma
Amiga estava muito quieta.
— O que é? — perguntou a Pequena Alma.
— O que é que eu posso fazer por ti? És um
anjo por estares disposta a fazer isto por mim!
— Claro que esta Alma Amiga é um anjo!
— interrompeu Deus, — são todas! Lembra-te
sempre: Não te enviei senão anjos.
E então a Pequena Alma quis mais do que
nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.
— O que é que posso fazer por ti? —
perguntou novamente a Pequena Alma.
— No momento em que eu te atacar e
atingir, — respondeu a Alma Amiga — no
momento em que eu te fizer a pior coisa que
possas imaginar, nesse preciso momento...
— Sim? — interrompeu a Pequena Alma
— Sim?
A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.
— Lembra-te de Quem Realmente Sou.
— Oh, não me hei-de esquecer! — gritou a
Pequena Alma — Prometo! Lembrar-me-ei
sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.
— Que bom, — disse a Alma Amiga —
porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que
eu própria me vou esquecer. E se tu não te
lembrares de mim tal como eu sou realmente,
eu posso também não me lembrar durante
muito tempo. E se eu me esquecer de Quem
Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e
ficaremos as duas perdidas. Então, vamos
precisar que venha outra alma para nos
lembrar às duas Quem Somos.
— Não vamos, não! — prometeu outra vez
a Pequena Alma. — Eu vou lembrar-me de ti!
E vou agradecer-te por esta dádiva — a
oportunidade que me dás de me experimentar
como Quem Eu Sou.
eu própria me vou esquecer. E se tu não te
lembrares de mim tal como eu sou realmente,
eu posso também não me lembrar durante
muito tempo. E se eu me esquecer de Quem
Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e
ficaremos as duas perdidas. Então, vamos
precisar que venha outra alma para nos
lembrar às duas Quem Somos.
— Não vamos, não! — prometeu outra vez
a Pequena Alma. — Eu vou lembrar-me de ti!
E vou agradecer-te por esta dádiva — a
oportunidade que me dás de me experimentar
como Quem Eu Sou.
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