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sexta-feira, 13 de abril de 2012

A Pequena Alma e o Sol - parte I

Um dos mais belos contos que podíamos partilhar com toda a família...de Neale Donald Walsch


Era uma vez, em tempo nenhum, uma
Pequena Alma que disse a Deus:
Eu sei quem sou!
E Deus disse:
Que bom! Quem és tu?
E a Pequena Alma gritou:
Eu sou Luz
E Deus sorriu.
É isso mesmo! — exclamou Deus. — Tu
és Luz!
A Pequena Alma ficou muito contente,
porque tinha descoberto aquilo que todas as
almas do Reino deveriam descobrir.
Uauu, isto é mesmo bom! — disse a
Pequena Alma.
Mas, passado pouco tempo, saber quem
era já não lhe chegava. A pequena Alma
sentia-se agitada por dentro, e agora queria
ser quem era. Então foi ter com Deus (o que
não é má ideia para qualquer alma que queira
ser Quem Realmente É) e disse:
Olá Deus! Agora que sei Quem Sou,
posso sê-lo?

E Deus disse:
Quer dizer que queres ser Quem já És?
Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e
outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como
é ser a Luz! — respondeu a pequena Alma.
Mas tu já és Luz — repetiu Deus,
sorrindo outra vez.
Sim, mas quero senti-lo! — gritou a
Pequena Alma.
Bem, acho que já era de esperar. Tu
sempre foste aventureira — disse Deus com
uma risada. Depois a sua expressão mudou.
Há só uma coisa...
O quê? — perguntou a Pequena Alma.
Bem, não há nada para além da Luz.
Porque eu não criei nada para além daquilo
que tu és; por isso, não vai ser fácil
experimentares-te como Quem És, porque não
há nada que tu não sejas.
Hã? — disse a Pequena Alma, que já
estava um pouco confusa.
Pensa assim: tu és como uma vela ao
Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões,
ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. “Não seria um
sol sem uma das suas velas... e isso não seria
de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no
entanto, como podes conhecer-te como a Luz
quando estás no meio da Luz — eis a
questão”.

 (continua)

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